Às vésperas das eleições municipais, a gestão do prefeito Arquimedes Bacelar resolveu iniciar um “pacote de bondades” com intuito de garantir que seu pré-candidato a Prefeito, Pedro Medeiros, tenha melhor desempenho no pleito.
A bonificação nem teria caráter eleitoreiro se, nesta sexta-feira (5), o prefeito não tivesse feito até discurso em uma escola, criticando o grupo da oposição e falando mal das gestões anteriores. A intenção era fazer um afago nos profissionais da educação básica, incluindo concursados e contratados, com um abono salarial, em troca óbvia de apoio.
Dinheiro é sempre bem-vindo. E ninguém, em sã consciência, se manifestaria contra um recurso nas mãos de uma categoria que tanto se sacrifica e colabora com um futuro melhor às gerações.
O problema é que não há nenhum gesto extraordinário por parte da gestão municipal. Os dados do Portal da Transparência do Governo Federal mostram que, de janeiro até julho, a Prefeitura de Afonso Cunha já recebeu R$ 11 milhões, 893 mil, 135 reais e 28 centavos de Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e de complementação. E mais: de acordo com a Portaria do Ministério da Educação, 05, de 8 de maio de 2024, a Receita Total prevista para o Fundeb este ano no município é estratosférica: R$ 29 milhões, 888 mil, 40 reais e 44 centavos caso a gestão consiga obter todas as complementações.
Arquimedes e Pedro Medeiros têm hoje sob o controle quase 12 milhões de reais, repassados pelo Governo Federal em seis meses. E a possibilidade de engordar ainda mais os cofres públicos com quase 30 milhões até dezembro.
É muito recurso para pouca coisa feita na Educação de um município que, de acordo com dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) possui apenas 19 estabelecimentos na pré-escola, 21 escolas nos anos iniciais e 6 nos anos finais do Ensino Fundamental.
Acorda, Afonso
Cunha!
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