Tragédia educacional em Afonso Cunha compromete o futuro de gerações de estudantes
É vergonho, por exemplo, que o município esteja
entre os 8 dos 217 maranhenses que nem pontuaram no último Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Isso significa que a Secretaria de
Educação sequer deu atenção para a importância da realização da avaliação
referente a 2022, que mediu a qualidade da educação,
considerando tanto o aprendizado dos alunos quanto a trajetória escolar. Ou
seja, simplesmente não existem dados oficiais do último Ideb. A única escola a
realizar o exame foi uma no povoado Olho d’Água que obteve a pontuação 3,5, bem
distante da maior nota no exame, 9,1, da Escola de Ensino Fundamental Joaquim José Monteiro, na
cidade de Cruz, no norte do Ceará.
Como se não bastasse o ensino de péssima
qualidade, o município figura na lista das vinte cidades maranhenses que
sofrerão uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), a
pedido do Ministério Público Federal (MPF), para investigar a possível existência de
fraudes nos números do Censo Escolar, com suposta inserção de dados falsos para
aumentar o número de matrículas de alunos no programa de Educação de Jovens e
Adultos (EJA) e, assim, garantir repasses indevidos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb).
Não é a primeira vez que Afonso Cunha ocupa o noticiário
negativo pela colocação de números falsos em troca de gordas verbas federais.
No Fantástico, da TV Globo, em uma matéria de denúncia sobre fraudes na saúde,
o prefeito Arquimedes culpou um digitador pela fraude.
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