Tragédia educacional em Afonso Cunha compromete o futuro de gerações de estudantes

 

São apenas 23 escolas municipais sob a responsabilidade da Prefeitura de Afonso Cunha, de acordo com o Censo Escolar 2023. Mas os indicadores educacionais revelam a pior herança deixada por quem se lança para ser o futuro prefeito do município. O ex-secretário municipal de Educação, Pedro Medeiros, homem da cota do prefeito Arquimedes Bacelar, fez muito pouco para quem teve nas mãos uma das pastas com maior quantidade de recursos federais e estaduais à disposição. 

É vergonho, por exemplo, que o município esteja entre os 8 dos 217 maranhenses que nem pontuaram no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Isso significa que a Secretaria de Educação sequer deu atenção para a importância da realização da avaliação referente a 2022, que mediu a qualidade da educação, considerando tanto o aprendizado dos alunos quanto a trajetória escolar. Ou seja, simplesmente não existem dados oficiais do último Ideb. A única escola a realizar o exame foi uma no povoado Olho d’Água que obteve a pontuação 3,5, bem distante da maior nota no exame, 9,1, da Escola de Ensino Fundamental Joaquim José Monteiro, na cidade de Cruz, no norte do Ceará.

 

Outra tragédia que compromete o futuro de gerações no município é o percentual de alunos com aprendizado adequado (2019), que não chega nem a 30% de um total de 100%. Os estudantes que obtiveram o maior percentual no município foram os da Escola Maria Bacelar, com 26,5% e os piores, com 16,8%, da Unidade Escolar Gastão Dias Vieira. Em Português e Matemática, as avaliações de desempenho registraram, inclusive queda: em 2017 eram 24% de aprendizado adequado, no 50. ano, o índice e caiu para 21%, em 2019. Em Matemática foi pior: 15% de aprendizado adequado, em 2017, despencando para 6% dos alunos, em 2019. Todos os dados estão disponíveis para consulta no QEdu, um portal de dados educacionais, criado em 2012, com diversas informações sobre a Educação Básica brasileira, por estados, municípios e também por escola, vinculado ao Ministério da Educação.

Como se não bastasse o ensino de péssima qualidade, o município figura na lista das vinte cidades maranhenses que sofrerão uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), para investigar a possível existência de fraudes nos números do Censo Escolar, com suposta inserção de dados falsos para aumentar o número de matrículas de alunos no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, assim, garantir repasses indevidos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Não é a primeira vez que Afonso Cunha ocupa o noticiário negativo pela colocação de números falsos em troca de gordas verbas federais. No Fantástico, da TV Globo, em uma matéria de denúncia sobre fraudes na saúde, o prefeito Arquimedes culpou um digitador pela fraude.

E, a cada dia que passa, vai ficando mais difícil que o eleitor do município digite, mas nas urnas, o número do pré-candidato da péssima educação em Afonso Cunha.

 

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