quinta-feira, 15 de maio de 2025

BREJO: Prefeita Thâmara Castro contrata empresa de Chapadinha por R$ 15,5 milhões

 

Prefeita Thâmara Castro

A prefeita Thâmara Castro, jovem gestora de Brejo (MA), parece encarnar com perfeição a figura do novo político brasileiro: simpático, midiático, “de boa aparência”, e perigosamente ignorado pela inteligência crítica do povo que governa. Nada contra a juventude ou o carisma — mas quando estes são a casca brilhante que esconde contratos suspeitas e estatísticas adulteradas, já não falamos de gestão pública, mas de uma simulação grotesca do poder.

O contrato escandaloso

R$ 15,5 milhões. Esse é o valor contratado pela Prefeitura de Brejo com a empresa Grannore Empreendimentos LTDA, cujo capital social é de apenas R$ 600 mil. Uma empresa de Chapadinha (MA), sem histórico relevante de grandes obras e sem lastro financeiro para garantir a execução de serviços dessa envergadura, foi escolhida para assumir um contrato 25 vezes maior que sua base financeira. Qual é a lógica disso? Nenhuma — exceto aquela que só a esperteza política compreende, e que a honestidade administrativa reprova.



A técnica da aparência

Antes de chegar à prefeitura, Thâmara Castro coordenava o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Agora, o MPF e o TCE investigam esse período por suspeitas graves: inflar o número de alunos, manipular estatísticas, relatar atividades inexistentes — em suma, fabricar uma realidade paralela para captar recursos e construir imagem.

Trata-se de algo mais profundo do que simples desorganização: é o uso da educação dos pobres como trampolim político, o que atinge o cerne da ética pública.

Política sem substância

A política, reduzida a uma sequência de contratos e narrativas, perdeu qualquer lastro moral. A linguagem pública virou performance: números bem apresentados, falas suaves, boas fotos — e nenhuma prestação de contas verdadeira.

O poder deixa de ser serviço e passa a ser espetáculo. E quem governa assim não lidera: encena.

Conclusão: entre o brejo e o pântano

A cidade de Brejo corre o risco de afundar num pântano institucional, onde a lama dos contratos obscuros se mistura ao silêncio conivente da câmara de vereadores, da imprensa amedrontada e da população adormecida.

O caminho de saída é a verdade. Que a prefeita esclareça os contratos, comprove a capacidade técnica da empresa envolvida, apresente resultados auditáveis sobre sua gestão anterior no EJA, e submeta-se à fiscalização dos órgãos competentes. Se não o fizer, não governa — apenas ocupa o cargo.


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