Somente em 2024, já foram repassados 2 milhões, 459 mol, 984 reais e 31 centavos.

A cena de uma ambulância quebrada na zona rural de Afonso Cunha, deixando os pacientes sem nenhum atendimento de urgência e emergência, é apenas um pequeno retrato da situação de calamidade pública na saúde do município.

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Profissionais, com medo de perseguições, relatam riscos no CAAE (Centro de Atendimento Educacional Especializado, com procedimentos de saúde para crianças especiais) com paredes rachadas, portas abertas sem fechar, com tetos e paredes infiltradas sob ameaça de desabamento. 
A cidade já foi alvo de reportagens em nível nacional, em revistas e até no Fantástico, da Globo, pelas fraudes em consultas realizadas, após ocupar o ranking de município que recebeu mais emendas parlamentares no Brasil, em 2020, para os atendimentos básicos e de média e alta complexidade na saúde. 
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Em um dos registros fraudados, aparecem mais de 15 mil consultas, em um mês, feitas por um único médico. O esquema fez parte do escândalo das verbas direcionadas por parlamentares no chamado orçamento secreto para as prefeituras. À época, o prefeito Arquimedes declarou à imprensa que a “culpa” era de um digitador. 

A administração de Arquimedes Bacelar (PDT) coleciona os piores indicadores de gestão. Ano passado, Afonso Cunha ficou em penúltimo lugar nos rankings do Previne Brasil, que estabelece critérios para avaliar o desempenho da saúde pública na Atenção Primária. 

Recentemente, o prefeito anunciou publicamente que estava destinando os recursos do show da cantora Mara Pavanely para renovar a frota de ambulâncias da zona rural, com um veículo traçado a diesel. Mas, de acordo com as informações da plataforma InvestSUS, o município possui hoje em caixa o total de 7 milhões, 138 mil, 392 reais e 23 centavos no Fundo Municipal de Saúde. Somente em 2024, já foram repassados 2 milhões, 459 mol, 984 reais e 31 centavos.

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Como se percebe, dinheiro, nunca foi problema. Quem enfrenta graves problemas é a população.