Depois de quase 8 anos de mandato, deixando um município gravemente deteriorado, sem nenhuma obra expressiva e com pagamentos irregulares, o prefeito de Afonso Cunha, Arquimedes Bacelar, vê seu ciclo final de poder sem perspectivas favoráveis de continuidade.

O prefeito tenta emplacar, como seu sucessor, gente da própria equipe de um governo desgastado, desacreditado em uma cidade que passou mais da metade de seus 64 anos sob as esporas da oligarquia Bacelar.

A população viveu os últimos anos acuada, diante de ameaças da perda de empregos, enfrentando a violência psicológica e até física. Os mais experientes analistas políticos locais comentam que o silêncio da maioria apenas será rompido com o barulhinho das urnas no dia 6 de outubro. O troco virá, apostam.

Arquimedes também já percebeu o movimento silencioso das placas tectônicas se movendo para o fim de uma era política no município. E, nas últimos semanas, tem se movimentado para melhorar a sua imagem bastante arranhada para que qualquer que seja o futuro candidato se associe a ele de forma ilesa. O eleitorado afonsocunhense (termo que o próprio chefe do Executivo tentou defenestrar com um incômodo que somente os psicanalistas conseguem interpretar) está atento a tudo.

A mais recente tentativa de “botox” nas rugas da sua velha administração foi a postagem de um vídeo em conversa com o vice-governador Felipe Camarão, na página do blogueiro "Pinóquio" Wando Galvão, seu fiel aliado.

Camarão, como se sabe, é filiado ao PT, o partido do pré-candidato Almeidinha, uma novidade no cenário político do município. Não colou. O vice e futuro governador do Maranhão jamais vai deixará de subir no palanque de um futuro candidato de seu partido, a legenda do presidente Lula.