Prefeitura de Brejo emite Nota de Pesar pelo falecimento de Silvestre Viana Vaz

Prefeitura Municipal de Brejo vem a público lamentar o falecimento de seu filho honroso Silvestre Viana Vaz. Trabalhador esmero naquilo que fazia, sua labuta serviu de exemplo pela simplicidade e humildade com que se dedicava. Teve relevante papel no movimento sindical de nossa cidade, contribuindo para o desenvolvimento social em defesa dos trabalhadores. Solidarizamos com este momento de dor e saudade junto à Família e Amigos.

Silvestre Viana Vaz nasceu no dia 31 de dezembro de 1944 na Pedra de Fogo, Brejo, Maranhão. É filho de Lino Vaz de Carvalho e de Mariana Viana da Silva. Casou com Maria das Graças Vieira Teixeira e geraram cinco filhos: Leda, Valberto, Solange, Keila e Celso Luís. E adotaram a Aline. Já contam com 15 netos e 02 bisnetos.

Ele trabalhou na lavoura com seu pai desde os quatro anos de idade. E aos dezessete anos mudou-se para o Povoado Bacuri dos Garretos em Mata Roma, e depois para o Povoado Garretos – no mesmo município. Trabalhou como aprendiz de ferreiro por três anos e enfrentou muitas dificuldades.

Em 1965, muda-se para o Povoado Cantinho dos Vieiras, no extremo sul do Brejo, na divisa com o município de Buriti, próximo do Povoado Santa Rosa. Lá, ele trabalhou no ofício de Ferreiro, atividade que conciliou com a lavoura e a criação de animais de pequeno porte.

Silvestre recorda com saudades da temporada em que morou na zona rural, numa época de fartura e de muito trabalho. E salienta que hospedava e alimentava alguns clientes que iam, de lugares distantes, em busca de seus serviços.

Veio com a família para a sede do município em 1976, em busca de escola para os filhos e para a esposa. Esta interrompera os estudos, ao concluir o primário (séries iniciais do ensino fundamental), por conta do casamento. Aqui, ela se formou em Professora Normalista e exerce a profissão até hoje. É graduada em Pedagogia.
Instalaram-se no Bairro Santo Antônio (antigo Morro dos Carneiros), na Avenida Sabino Câmara nº 96. E ao lado foi edificada uma pequena oficina, onde ele passou a trabalhar na sua arte.

Em 1982, o primeiro Bispo de Brejo (Dom Afonso de Oliveira Lima) construiu uma oficina na esquina da Avenida Sabino Câmara com a Travessa Prof. Júlio Bacelar e a entregou a Silvestre para que ele trabalhasse para o sustento de sua família, preparasse novos ferreiros e prestasse serviço à igreja. Em seguida, Elizabeth Müller (Alemã) fez um projeto e conseguiu recursos em seu país para ampliação da oficina de capacitação. Onde são feitos consertos de máquinas de costura e motores em geral.

E hoje, aos 74 anos de idade e ainda na ativa, “Siliveste”, como é carinhosamente chamado pelos amigos e compadres espalhados nos povoados brejenses e em várias cidades, se orgulha de ter cumprido com muita dignidade a missão que recebeu do nosso bispo. E cita alguns nomes dos seus discípulos que foram encaminhados para o mercado de trabalho. Alguns o superaram e desempenham outras artes: Zé André (oficina de refrigeração e pintura), Chico Preto (mecânica geral e metalúrgica), Fábio (metalúrgica e mecânica), Robinho (metalúrgica)...

Durante todos esses anos tem sido leal à igreja prestando-lhe serviços sem cobrar pela mão de obra. E fala com muita satisfação da sua relação de amizade com Dom Afonso e Dom Valter que sempre lhe dedicaram grande apreço e consideração. Silvestre foi sócio fundador do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brejo e deu grande contribuição ao movimento sindical desde 1972. Aposentou-se em 2005 como Trabalhador Rural, após 33 anos como contribuinte. Foi membro do Conselho Fiscal e foi eleito Presidente da instituição para o mandato de 2002 a 2006. Mas não se identificou com a militância e se afastou completamente do movimento. E reconhece que se tornou mais conhecido como Ferreiro do que como Sindicalista.

Tem o filho Valberto como seu auxiliar na oficina de máquinas e motores e na Ferraria conta com Antônio Nogueira, Raimundo Batista e Gilson. Atualmente não aparece tanto serviço como antes, quando trabalha com soldagem e conserto de machado, além da fabricação de cavador, alavanca, xacho, cabeção campeiro, espora, estribo, ferramenta para aviamento de casa de farinha, grade, portão, espeto, gancho de panela, grelha... Mas os recursos utilizados são os mesmos da idade média: fole, forja, bigorna e martelo. E o ferro é aquecido até que brilhe vermelho ou laranja, como parte do processo de forjamento e leva pancada até chegar à forma desejada.

Informações: Professor Pedro Portela (
27 de fevereiro de 2018).

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