Fornecido por Estadão Posse de ministros no Palácio do Planalto |
BRASÍLIA - O
agora ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco,
negou que tenha sido nomeado para obter foro privilegiado, já que é citado na
delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho, e disse que
sua situação é distinta à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele
teve sua nomeação para a Casa Civil barrada pelo Supremo Tribunal Federal. “Há
uma diferença”, disse, após a cerimônia de posse. “Eu estou no governo, eu não
estava fora do governo”, completou.
Quando
a então presidente Dilma Rousseff nomeou Lula para o cargo de ministro da Casa
Civil, em março de 2016, após questionamentos feitos por PSDB e PPS no STF, o
ministro Gilmar Mendes suspendeu os efeitos de sua nomeação. Na época, um áudio
de uma conversa entre Dilma e Lula sugeria que a presidente estava nomeando o
seu antecessor para evitar uma suposta prisão, já que o ex-presidente já é réu
em algumas ações.
Em
delação à força-tarefa da Lava Jato, o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo
Filho afirmou que tratou de negócio da empreiteira na área de aeroportos com
Moreira, que foi ministro da Aviação Civil no governo Dilma Rousseff
(2011-2016). O peemedebista é citado nas planilhas da Odebrecht como “Angorá” e
tratado como arrecadador do PMDB. Ele nega irregularidades. A oposição no
Senado, liderada pelo PT, no entanto, decidiu ir à Justiça para tentar anular
os efeitos da medida provisória editada nesta sexta-feira pelo governo que deu
foro especial a Moreira. O deputado Wadih Damous (PT-RJ) prepara representação a ser
apresentada à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a nomeação.
Questionado
se não se sentia constrangido de chegar ao cargo e também ser alvo de citações
em delação, Moreira repetiu que assume a Secretaria-Geral da Presidência para
auxiliar o presidente. “Não foi absolutamente com alguma nenhuma outra intenção
se não a de dar mais eficiência, de dar mais força, mais material e conteúdo a
ação do presidente e da Presidência”, afirmou.
Moreira
destacou o trabalho da sua pasta e destacou que terá sob sua responsabilidade,
além do PPI, a Secretaria de Comunicação, a de Administração e o cerimonial da
Presidência. O ministro disse ainda que enquanto estava como
secretário-executivo do PPI, ele mesmo pediu para que ela não tivesse status de
ministério. “Não há nenhuma tentativa de debelar uma crise política, porque não
estamos vivendo uma crise política. O governo acaba de dar uma demonstração de
força e de pujança”, afirmou.
Fonte: http://www.msn.com
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