A Oi apresentou ao governo, na última sexta-feira (9), um plano de expansão da banda larga no país em que a empresa ofereceria serviços de internet rápida a preços que podem variar de R$ 15 a R$ 35. Os valores são semelhantes aos trabalhados pelos Plano Nacional de Banda Larga, que viabilizaria o acesso das classe C e D.
Santanna, que sempre defendeu uma participação maior do Estado no projeto de banda larga, apresentou um discurso mais ameno na sexta. “Acho que é um plano que merece ser estudado. Evidentemente terá que se entrar na seara de custos e premissas, mas acho que a empresa tenta responder aquilo que nós apresentamos para eles”, disse.
O avanço das discussões no governo já provoca reações das operadoras para oferecer alternativas, segundo Santanna. Ainda faltam detalhes do plano, por isso o acordo não foi fechado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula teria pedido aos técnicos que detalhassem o programa para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que não participou do encontro de quinta. “Como todo o plano precisa de dinheiro, sendo ele responsável pelo Tesouro Nacional, sua presença é importante”, afirmou.
A possibilidade de a proposta da Oi reverter a ideia do governo de criar uma estatal para a banda larga – a hipótese cogitada é a de que a Telebrás assuma essa função – não foi avaliada por Santanna.
O secretário confirmou que na reunião de quinta-feira, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, pediu para que a Oi fosse ouvida. O BNDES é dono de 49% da Oi, junto com fundos de pensão de estatais. Mesmo com a participação do governo na empresa, Santanna disse que a Oi é uma operadora privada. “Acho que os bancos estatais emprestaram algum dinheiro, os fundos de pensão investiram, mas ela é uma empresa privada. Agora, certamente, é relevante o fato de ela ser uma empresa de capital brasileiro. Naturalmente temos que considerar esse aspecto”, disse.
A Oi se tornou a operadora de maior cobertura nacional depois da compra da Brasil Telecom, em 2008, “A Oi é um ator importante, não resta dúvida de que quem tem a maior cobertura territorial tem que ser ouvida. O governo não pode deixar de ouvir nenhum dos atores”, disse Coutinho.
Com informações do G1.
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