Qualquer menino que corre pelas ruas de Afonso Cunha sabe
hoje que o vice-prefeito, Pedro Medeiros, é o pré-candidato apoiado pelo atual
prefeito Arquimedes Bacelar. Em diversas ocasiões públicas, Arquimedes já se
pronunciou lamentando precisar sair do cargo que, se não fosse a lei, gostaria
de se perpetuar.
A solução caseira escolhida para continuar mandando na
Prefeitura foi o vice e ex-secretário de Educação. Com dois mandatos e oito
anos à frente do Executivo municipal, em dezembro deste ano, o prefeito que tem
nas veias o sangue da antiga família proprietária de mais de 70% das terras do
município, ainda se enxerga como “dono da cidade”. Medeiros, seu pré-candidato
a prefeito, sabe que isso pode ser um problema na cabeça do eleitor que não
anda lá muito satisfeito com a situação das ruas, das escolas, das obras
inacabadas e do pouco que foi entregue em quase 10 anos de administração.
O fato é que todos sabem que a história se repete. A maioria
dos prefeitos que elegeram seus sucessores foram traídos por eles. Basta sentar
na cadeira de prefeito e pegar na caneta que o poder passa para as mãos do
empossado. O problema é que, antes mesmo de conseguir ser eleito, Medeiros já
anda se justificando por onde passa que é ele quem vai mandar na Prefeitura e não
Arquimedes. O pré-candidato bolsonarista é vaidoso, sabe que não é qualquer um,
foi eleito vice-prefeito e teve o comando de uma das pastas mais importantes, a
Educação.
Pedro Medeiros não pode mesmo passar ao eleitorado a imagem
de que é um fantoche manipulado pelos dedos de Arquimedes Bacelar.
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