Chapadinha é um município brasileiro do estado do Maranhão. Localizada na região Leste do Maranhão e
na Mircrorregião de Chapadinha,
a cidade tem uma população estimada em 92.000 habitantes (IBGE/2016) e uma
área territorial de 3.247,385 km².
É sede da Região de
Planejamento do Alto Munim (Lei Complementar 108/2007), bem
como sede regional de diversos órgão públicos e está inserida na mais
"nova fronteira agrícola" do Maranhão e do MATOPIBA: o Baixo Parnaíba Maranhense.
Primeiros
habitantes
Índios Anapurus, da Tribo Tupi - segundo historiadores, os índios
Anapurus, de vida nomadista, chegaram a ocupar terras Brasil a fora,
principalmente terras litorâneas, mas em razão das perseguições dos colonos
europeus, se dividiram em pequenos grupos que procuraram migrar para várias
regiões. Baseados nesses fatos, todos os historiadores acreditam que os
habitantes primitivos da cidade de Chapadinha devem ser os índios Anapurus, da
Tribo Tupi. Em face da topografia plana e da cor das mulheres primitivas que
habitavam o local, o povoado recebeu a denominação de Chapada das mulatas.
Segundo antigos historiadores, chapadinha nasceu por volta do século
XVIII, com fixação em 1783, e era aproximadamente a 5.000 metros do centro da
cidade na direção Sul, mais precisamente no bairro da Aldeia. Naquele local se
encontravam descendentes dos índios Anapurus da Tribo Tupi, os mesmos
habitantes terras do baixo Parnaíba, localizada na estrada entre o Porto da
Manga (atualmente cidade de Nina Rodrigues) e Vila de Brejo (atualmente cidade
de Brejo) natural das boiadas, de onde demandava Caxias e Piauí, ou daí
procediam rumo à capital do Estado. O povoado prosperou rapidamente, atraindo
comerciantes e outras famílias.
Já se passaram cerca de 231 anos desde sua primeira povoação (foram 107
anos na condição de povoado, outros 48 anos como vila e agora 76 anos como
cidade).
Guerra
dos Balaios
Em Chapadinha houve uma revolução importante do Maranhão denominada de
Balaiada, em razão da situação de miséria que passava o povo naquela época,
pequenos grupos começaram a se rebelar.
Em 13 de dezembro de 1838, o vaqueiro Raimundo Jutaí, líder da
revolução, juntando-se com mais nove homens, Ruivo, tempestade, Mulugueta,
Milhomem, Pedregulho, Gaviões, Coco, Macabira e Preto Cosme que se
autodenominava “D. Cosme, tutor e imperador das liberdades bem-te-vis.”
invadiram a cadeia de vila da Manga soltando seu irmão e todos os presos que
ali estavam, dando assim o começo da revolução, em pouco tempo já conseguiram
agrupar milhares de homens, os quais eram chamados de “Balaios”, em razão de um
dos homens ser fabricante de balaios, era o Manoel Francisco doa Anjos
Ferreira, um de seus principais líderes que se juntou ao grupo de foragidos
quando chegou a Brejo.
A partir daí começaram as investidas contra fazendeiros e proprietários,
foram vários combates principalmente nos vales de duas hidrografias
maranhenses, chegando atingir aos povos sitiados no Golfão Maranhense, do qual
faz parte o rio Munim que integra o ecossistema natural do atual município de
Vargem Grande, antiga Vila da Manga do Iguará, local de início da Guerra da
Balaiada que se estendeu até aos Estados do Ceará e Piauí.
Com eclosão da balaiada na vila da Manga, os revoltosos não encontrando
ali ou em Vargem Grande os recursos necessários às suas intervenções,
deslocaram-se seguidamente para Chapadinha que sofreu inúmeras depredações.
Ali, mais especificamente no lugarejo Angico, a 12 km, construíram seu
forte.
Visando dar fim à rebelião e, ao mesmo tempo, livrar a vila de Brejo de
qualquer invasão por parte dos rebeldes já que os mesmos se encontravam em
Chapadinha, distante aproximadamente daquela vila 80 km, o seu prefeito
enviou correspondência ao Comandante das Forças da Legalidade, Capitão Pedro de
Andrade solicitando ajuda o qual foi atendido imediatamente. Segundo o
historiador José Ribeiro de Amaral, as tropas eram (110 praças de linhas e 60
paisanos ou guardas nacionais) feito a junção com as forças locais trataram de
marchar ao encontro dos balaios que se encontravam nas mediações.
Enfrentando águas e lamaçais e conduzindo vários feridos fadigados,
chegaram ao lugar Anzico a 14 de abril do mesmo ano, onde foram atacados pelos
rebeldes que se encontravam em melhor situação. Os mesmos dominaram as tropas
que os aceitaram prontamente mas logo ao sair em direção ao quartel dos
rebeldes, os mesmos assassinaram a tiro o Capitão Pedro Alexandrino de Andrade
e seu colega o Tenente Coronel João José Alves mataram a facadas, fato que se
deu em 18 de abril de 1839.
A revolta só foi dominada em toda a área do conflito, quando o regente
do império, Pedro de Araújo Lima (Marquês de Oliveira) nomeou o coronel Luís
Alves de Lima e Silva no dia 7 de fevereiro de 1840 como presidente e
comandante de armas. Unindo as tropas públicas de diversas províncias para
submeter os revoltosos a várias derrotas depois de um ano de guerrilha no dia
24 de Setembro de 2014, ocorreu à condição de General e ao título de Duque de
Caxias.
Categoria
de vila
Em 1870, o povoado já tinha uma subdelegacia de polícia e um distrito de
paz, um batalhão de guarda nacional, um comissário vacinador, uma cadeira de
primeiras letras para meninos, criadas pela Lei Provincial nº 268 de setembro
de 1849. A povoação dispunha de uma capela coberta de telhas embora as casas em
sua maioria fossem verdadeiras palhoças, a lavoura constava de arroz, milho,
feijão, algodão e fumo. A população de toda a freguesia era avaliada em mil
pessoas.
Categoria
de cidade
Pelo Decreto Lei nº45 de 29 de março de 1938, assinado pelo senhor
Boanerges Neto Ribeiro, Secretário Geral do Governo do Estado do Maranhão,
presidida pelo interventor Paulo Martins de Sousa Ramos (que se encontrava no
Rio de Janeiro na ocasião), Chapadinha foi elevada a categoria de cidade.
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